À minha Flor.
Minhas desculpas sem jeito não foram o suficiente para o seu perdão,
Mas eu nunca fui bom com as palavras.
De tantos ensaios em frente ao espelho, e na hora esquecer todo o texto.
Daquilo que pareceria musica aos ouvidos o que resta é uma porção de palavras engasgadas,
algumas me fariam sangrar se conseguissem sair.
Contudo, não há culpado... a não ser eu mesmo,
digo isso porque o papel de inocente não combina com a indelicadeza do meu olhar ao te ver.
Um olhar que em situação inversa, seria capaz de chamar a policia.
Ainda que você não a pudesse chamar pois, eu poderia facilmente acusa-la do mesmo crime.
E o medo, não em seus olhos, mas em meus atos
te fez recuar.
Quantos passos até ficar numa distancia que julgasse segura?
O momento não poderia ser mais previsível, meus passos seguiram o mesmo ritmo,
enquanto os seus, eu deixei de ouvir.
Não sei se foi para frente ou para traz, ou se simplesmente parou
e esperou tomar distancia para prosseguir.
Na impaciência dos meus anseios, me deixei de lado.
Buscando no outro aquilo que já havia dentro de mim,
Deixei um pouco para traz, na esperança de que, você ao passar possa pegar.
Esperançando ainda o seu retorno.
Mas se quiser me devolver, sabe onde estou...
Se quiser mais, pode vir buscar.
Só não passe por cima, figindo que não viu...
Mas se quiser me devolver, sabe onde estou...
Se quiser mais, pode vir buscar.
Só não passe por cima, figindo que não viu...
Jessé Casulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário